8 de dezembro de 2013

A velhinha do semáforo.


Era uma sexta e eu queria falar com alguém. Por coincidência uma velhinha me olhou, eu estava na iminência de atravessar a rua e ela sorrateiramente disse: "As pessoas acham que o mundo é só delas, mas todos vão se dar muito mal".
É que tinha gente atravessando enquanto o farol estava aberto para  os carros. É certo que nenhum carro passava, eu olhei a rua tranquila e lhe sorri como quem diz que ela estava reclamando à toa.
"Olha lá, as motos viram do nada. Não tem como saber!"
Nesse momento uma moto virou e brecou em cima de uma mulher que tinha acabado de atravessar do meu lado.
“Todo mundo está preocupado apenas consigo. Ninguém quer saber de fazer algo que não traga benefício nenhum para outra pessoa que não seja ela mesma e sem receber nada em troca”.
 Enfim, o farol abriu para os pedestres e eu me coloquei ao seu lado enquanto ela dizia que o mundo estava perdido com pessoas assim. 
Se o mundo estava perdido por causa de pessoas que atravessavam o farol fechado eu nem queria saber o que ela achava do pessoal que rouba, é político, criou o Lulu ou qualquer coisa do tipo.
Eu respondia apenas me limitando a responder "sim" e "aham", queria que ela falasse mais. Mas ela estava com muita pressa e eu a perdi na multidão enquanto ela resmungava:
 “Nunca vi, não entendo".
A certo ponto a mulher olhou para trás, percebi que não seria ela o foco de minha história. Não hoje. Embora, tivesse sido mais um encontro na Trianon. 
Ela entendeu também de algum modo, esbanjou um tchau e continuou andando. Mais para frente parei para olhar a arquitetura de um prédio até que um homem perguntou se eu queria entrar. Respondi que sim, embora não tivesse a mínima ideia de qual prédio era aquele.
- Mas é visita ou estagiária?
- É visita.
- Neste caso você agendou?
- Não. - Respondi confusa.
- Não pode entrar, então.
- Tudo bem - Olhei para o prédio mais uma vez - Mas o que é esse prédio? – Talvez, só talvez, fosse prudente perguntar.
- É a única escola estadual da Paulista! 
- É muito bonito!
A esse momento ele pediu que eu esperasse, entrou no prédio e voltou com um sorriso de ponta a ponta. 
- Olha, posso te mostrar! Mas se te perguntarem você fala que é a nova estagiária, certo?
Concordei e sorri entrando no prédio. Ele me mostrou todas as salas e toda a mobília antiga. Descendo uma escada de madeira que rangia eu ouvia o homem dizer orgulhoso que as crianças gostavam de estudar ali e que lá havia sido a primeira escola de São Paulo a aceitar deficientes. 
- Essa é a parte meio Carandiru da escola. – Disse meio sem jeito,
Não importava. Mais para frente umas crianças comiam e o homem dizia: 
- Pegue um bolo.
Um pouco sem jeito expliquei que não estava com fome e agradeci, até que uma criança me olhou nos olhos com um bolo de laranja gigante nas mãos.
- Experimenta! Eu que fiz! 
Não poderia recusar e quando as outras viram que eu aceitei me trouxeram tortas, sucos, biscoitos, bolos. As crianças me pediam para sentar. 
- Come com a gente.
Elas sequer me conheciam, mas agradeci e disse que tinha que ir embora. O homem me acompanhou até a saída falando, nas palavras dele, que aquele era um evento histórico, que só aconteceria novamente em 500 anos.
- Nem era permitida a sua entrada e você ainda saiu com um “lanchinho”. 
Mais uma criança correu atrás de mim e sussurrando esclareceu:
- Você não pegou minha salada de frutas.
Ela estava particularmente indignada.
- Você vai ficar com vontade se disser não!
Aceitei e só quando estava na porta perguntei o nome do homem que havia me mostrado o lugar. 
Se a velhinha do semáforo ao menos pudesse ter visto todas essas cenas, mas que ela nos sirva toda vez que a velhinha do semáforo falar ao pé do nosso ouvido.


24 de novembro de 2013

Os aproveitadores do acaso

~~Abrindo a Sessão Encontros na Trianon~~


Por quantas vezes você já se perdeu em meio a uma multidão? Agora, por quantas vezes você já se perdeu em meio a sua multidão? Estava lá com todos seus pensamentos, sentimentos e emoções, mas acabou se perdendo, sem saber em qual rua dava na esquina com a felicidade, sem saber qual avenida seguia em direção ao seu sonho ou em qual número deixou sua cabeça.

Porém, você não é o único a se perder. O bom é que sempre tem alguém no meio da multidão capaz de te dizer o caminho exato, assim como tem sempre alguém que está mais perdido do que você. Outras vezes, enquanto a gente está perdido, aparecem certos acasos, noutras estamos muito bem encaminhados até o acaso vir e nos fazer perder. Mas do que eu estou falando? Vou dar um exemplo real.

Um homem estava em um hotel de Goiás, ouviu a porta do elevador se abrindo, mas lembrou-se de que estava esquecendo algo no quarto e voltou para pegar.  Apertou o botão do elevador novamente, já com os óculos de sol, e a porta se abriu. Ele entrou apressado, apertando o botão do térreo (que já estava apertado), e olhou para o lado. Lá estava ela.

Espantou-se e notou nela uma cara de surpresa, ela esbanjou um sorriso e ele soltou um “Caramba!”. Quantos anos não a via, desde que ela teve de sair de sua cidade para ir estudar fora e eles tiveram que se separar, desde então nunca mais se viram, nunca mais se falaram.

Se ele estivesse perdido nele mesmo a história poderia ser diferente, porque ele poderia não ter feito nada... Poderia ter perguntado como ela estava e só. Perguntaria se ela tinha voltado para São Paulo e, ao responder que sim, ele perguntaria se ela estava bem, se estava namorando. Perguntaria como ainda não tinham se visto. É que ela não estava hospedada lá, tinha ido visitar uma amiga. E ele diria adeus, porque na mesma noite ela estava indo embora daquela cidade, portanto, eles nunca mais voltariam a se cruzar naquele elevador, nem em qualquer outro, nem em lugar algum.

Separamos nesse ponto a diferença que faz estar perdido nessas horas; por tantas maneiras somos coadjuvantes e rimos de coincidências. Mas por vezes somos mais que isso e conseguimos ser os aproveitadores do acaso.Sem entender bem o que se passava ou sem tentar entender ele pegou o seu telefone, e o seu celular, e todas as suas redes sociais, e seu e-mail e até mesmo seu endereço. Saiu prometendo ligar e ligou, depois disse que queria vê-la e a viu.

O final fica oculto nessa história. Foi só mais uma que ouvi na Trianon, talvez nem tenha final, mas responda sinceramente: isso importa? E se a história lhe pareceu demasiadamente romântica, talvez seja mesmo. O fato é que ele não estava suficientemente perdido nele mesmo para achar em algum momento que não daria certo ou perdido demais para ouvir alguém que estava mais perdido do que ele.

O problema de estar perdido é que você se arrepende do tempo que está desperdiçando enquanto poderia estar com você. Então tudo passa rápido demais aí dentro e você acaba se perguntando onde está tudo aquilo que deixou. Não se trata apenas de uma história romântica, um acaso entre duas pessoas, o destino ou seja lá o que isso for,  se trata de fazer o que se tem vontade. De ser um aproveitador do acaso.

Ninguém aproveita devidamente o acaso se parece uma barata tonta sem direção. É preciso que haja um caminho, porque se não houver nenhum também não há alternativas. Funciona como uma bússola e uma direção, se você souber para onde está o Norte saberá todas as outras direções, terá todos os outros caminhos. Como aproveitar o acaso se você não tem um Norte? O acaso sempre vai estar lá para quem não estiver perdido e o puder ver, não importando muito onde o acaso vai dar. Porque quando ele existe, quando ele está lá, é quase um pecado não aproveitar.


18 de novembro de 2013

Resenha de A Sangue Frio

Por: Stephanie Vapsys

A família Clutter era uma típica família estadunidense vivendo os áureos tempos do
American way of life. Herbert, o pai da família, era um homem religioso, bom e de grande prestígio para a comunidade; Bonnie se tratava da perfeita dona de casa dos anos 50; Nancy, por sua vez, a filha exemplar que ensinava as colegas a assar tortas; e Kenyon era o estereótipo do comum adolescente americano.
Os Clutter ainda tinham dois outros filhos, que não moravam mais na pacata cidadezinha do Kansas, Holcomb. Eram ricos, mas humildes e de grande popularidade na comunidade. Tudo estava normal, mal sabia Nancy que estaria assando sua última torta no dia 14 de novembro de 1959, pois ela, seus pais e seu irmão mais novo seriam assassinados de madrugada.
É em cima disso que o Truman Capote decide iniciar aquilo que autodenominou de romance não-ficcional. Após seis anos estudando o crime e suas consequências, o jornalista que no início queria só fazer uma reportagem, acabou escrevendo um livro que lhe rendeu o sucesso e alguns milhões de dólares, A Sangue Frio.
A grande sacada foi transformar os assassinos, Dick e Perry nos verdadeiros protagonistas do romance, criando assim um perfil psicológico para cada um. Truman conviveu com a dupla por todo o período que eles ficaram presos, até serem enforcados, criando um relato detalhado abrangendo a vida inteira dos dois.
O envolvimento de Capote com os assassinos tomou uma profundidade tão grande que pode ter até desconstruindo um pouco a ideia do não ficcional, romantizando os personagens, principalmente Perry. É percebível a ideia que o livro tenta passar de que Dick é pior que Perry. Será que era isso mesmo, ou era o que Truman pensava?
Ao fazer as entrevistas, Capote conversava com os personagens sem um gravador na mão e quando questionado, afirmava que tinha uma grande capacidade de decorar e que depois conseguia reescrever praticamente 90% da conversa.
Apesar de ser um grandessíssimo trabalho de história oral, é questionável quanto é fidelidade aos fatos pois já há uma tendência do entrevistado editar a sua própria história, uma vez que a pessoa sempre quer deixar uma história mais interessante. No caso de A Sangue Frio, essa edição acontece, ainda, uma segunda vez pelo autor.
Mesmo com todo esse debate sobre o que é ficcional ou não ficcional, que até o próprio jornalista já confessou ter adicionado algo mais, o primor da obra se encontra na visão detalhista mas de linguagem seca, tentando ao máximo suavizar a situação sem perder a essência do que realmente aconteceu na casa dos Clutter e o que levou a dupla a tal ato.
Outro ponto alto da obra é a feroz crítica à época, em que o que o país estava vivendo. Ao fazer flashbacks da infância dos dois, fica claro que ninguém nasce mal, mas o meio pode os corromper. As famílias de Perry e Dick não tiveram a mesma condição social que os Clutter e as dificuldades que ambos passaram resultaram na metamorfose de dois homens em dois em assassinos.

E no fim, o livro levanta uma reflexão que até mesmo os mais ricos podem sofrer com a desigualdade social. Afinal, se Perry e Dick tivessem boas condições, nunca seriam presos, nunca se conheceriam e logo nunca assassinariam os Clutter.

8 de setembro de 2013

Estranhamente familiar

Por André Cáceres

Uns dizem que ela matou o gato, outros afirmam que ela é a cura para o tédio. Albert Einstein garante que ela é mais importante que o conhecimento. Com certeza, é uma característica essencial para um bom jornalista. A curiosidade, acima de tudo, foi o combustível de Gay Talese em seu livro Fama e Anonimato. O mestre do jornalismo literário, também conhecido como new journalism, reuniu uma grande quantidade de reportagens em uma coletânea para traçar o perfil da cidade de Nova Iorque.

O jornalista americano, agindo como um verdadeiro flâneur em pleno século XX, busca informações que passam despercebidas em meio à correria da cidade grande. Gay Talese torna o familiar estranho e o estranho, familiar. Ao apurar quantas vezes o nova iorquino pisca em média ou quantos metros de fio dental são usados em um dia, ele revela fatos inesperados e surpreendentes. Por exemplo, em dias de chuva os suicídios são menos frequentes e as lavanderias lucram mais. Podem parecer questões irrelevantes, mas Talese as coloca de uma maneira dinâmica e interessante de modo a instigar a curiosidade do leitor.

O livro é dividido em três partes. Na primeira, vários anônimos notáveis são entrevistados, como o funcionário que vende bilhetes do metrô e colocou um aviso pedindo para que as pessoas sorriam; ou o filho de um dos maiores construtores de carrinhos para vendedores ambulantes da cidade; o homem que trabalha recuperando itens que caíram no mar; entre outras pessoas desconhecidas, porém extremamente interessantes. Na segunda parte, Gay Talese relata sua experiência durante a construção da ponte Verrazano-Narrows, descrevendo os operários, a hierarquia da obra e as pessoas afetadas pela construção, como o casal de amantes que teve de se separar e o dono de uma funerária que não queria a obra mas passou a lucrar mais após a chegada da ponte.

No final, vários perfis de pessoas notórias como o redator de obituários do New York Times são encaixados, mas o grande destaque é o de Frank Sinatra. O autor não pôde entrevistar o músico pois ele estava resfriado, e passou a relatar de que forma um simples resfriado em uma pessoa como Frank Sinatra pode afetar todas as pessoas à sua volta. Mesmo sem entrevistá-lo, consegue passar a imagem do homem por trás da celebridade, mostrando suas diversas facetas.

Tudo isso por meio de uma linguagem estética e literária, fazendo a realidade parecer ficção e inovando no fazer jornalístico. Mesmo que o livro não possua uma unidade, Gay Talese consegue prender o leitor do começo ao fim, respondendo perguntas que nunca foram feitas e questionando a maneira de perceber o mundo ao redor. A leitura de Fama e Anonimato é uma verdadeira experiência de observação e, claro, curiosidade.

1 de setembro de 2013

A psicologia da fila grande

Por: Bruna Meneguetti

Em todos os lugares, todas as pessoas enfrentam filas. De vez em quando elas podem dar longas voltas e se apresentarem em situações dramáticas de nossa existência aparecendo antes do banheiro ou de um restaurante.
A verdade é que existe tanta gente que as filas viraram um tipo de ritual do qual você tem que passar em São Paulo para garantir algo. São ceitas religiosas nas quais as pessoas vão entrando porque querem alcançar alguma coisa.
Mas o que está por trás da fila? 


Você acha que eu estou exagerando?
Vou te explicar porque isso não é exagero: A primeira situação é comprar um nuggets no McDonald’s, um caixa a mais se abre e então minha mãe se desloca da enorme fila para fazer seu pedido. Observo atrás das outras filas que a maior parte das pessoas que já estavam na antiga continuaram lá e pior: a maioria das pessoas que chegavam entravam na maior fila que tinha.
Uma mulher estava com uma criança, que provavelmente queria mais o brinquedo do que se nutrir, então eu disse a ela:
- Moça porque você não vai para a outra fila? Aqui do lado? Porque bem, ela está menor.
Veja bem, eu devo ter ficado com uma cara de atendente do McDonald’s disfarçada de cliente que queria manter a boa organização do lugar, porque ela me olhou e apenas mudou de fila. Só isso, nem um “obrigado” , nem mesmo um som gutural do tipo: “ahhh”, ou “uhuuum”, ou quem sabe “GRGRGR“.
Ela simplesmente se moveu e as pessoas que estavam atrás e na frente dela nem sequer ouviram o que eu falei ou perceberam que a moça saiu dali. Decidi então ficar quieta, quando minha mãe chegou a única coisa que consegui falar foi:
- As pessoas gostam de sofrer ou o que?
Outro dia ainda tinha uma fila para comprar pipoca que passava da área do cinema e invadia o corredor do shopping. Eu olhei e simplesmente não acreditei que ao lado, AO LADO, existia um homem apoiando sua mão no rosto e esperando ALGUM cliente surgir na frente dele, porque não havia nenhum. É claro que eu fiz o meu pedido ali e, acredite, eu tive tempo de ficar em dúvida, pedir, contar o dinheiro, pegar as coisas, olhar para trás e ninguém ainda tinha se deslocado da fila gigante.
Se você ainda não se convenceu de que essas coisas acontecem, então preste atenção. Ou melhor, fale para mim que nunca se deparou com alguém gritando com você a seguinte frase: “CAIXA LIVRE, CAIXAAAAAAAA LIVRE
Ou que ninguém nunca chamou sua atenção para algo do tipo: “Por favor entre nessa fila para que eu possa anotar seu pedido”, e quando você percebeu a fila era muito menor do que aquela a antiga em que estava.
Bem se isso já aconteceu com você está na hora de pensar que talvez você faça parte da psicologia da fila grande (uma teoria um tanto quanto masoquista), mas que envolve um contexto muito maior do que filas e pessoas.
Essa gente estaria entrando em filas gigantes por reflexo? A cidade grande tornou nossa visão tão estreita assim? E pior, se temos essa visão estreita para coisas cotidianas me pergunto que tipo de visão a sociedade hoje tem em relação a aspectos maiores.
Isso me preocupa. E não menos preocupante que isso é pensar que as pessoas enfrentam as maiores filas porque acreditam na “política das coisas difíceis”, no qual apenas conseguimos as coisas se suarmos a camisa para alcança-las (mas isso já é outro tema). Cuidado, as vezes o caminho mais fácil para o mesmo objetivo se apresenta ao seu lado, numa fila menor.

16 de agosto de 2013

O que você ainda não sabia sobre a felicidade.

Por: Bruna Meneguetti
22h e 28min, São Paulo.

O que te impede de ser feliz sempre? O que faz você continuar algo, mesmo já cansado? Quantos livros de autoajuda existem e quantos filósofos já falaram dela, a felicidade?
Felicidade no dicionário significa bem-estar, contentamento, bom resultado ou bom êxito.
Hoje no 
Coruja no Poste, vamos falar desse sentimento, que vem inesperadamente e pode ir embora com a mesma facilidade. E não há assunto melhor porque, afinal de contas, um bilhão de dólares por ano é o que ganha a indústria de livros de autoajuda e NUNCA na história se estudou tanto a felicidade quanto hoje. Mas ultimamente temos um quesito a mais: a introdução da ciência para essa busca. Não leitor, você definitivamente não está sozinho.  

Na ciência estão sendo investigados fatos como o da felicidade ser uma questão hereditária, que representaria 50% da nossa capacidade de ser feliz. Nesse estudo ficou comprovado que apenas 10% do real motivo do porque somos felizes vem das nossas condições de vida e 40% viriam de atividades voluntárias e as maneiras como decidirmos ver a vida.
Dizem que para mudar a genética da sua felicidade é necessário tomar medidas conforme seu grau de infelicidade, elas seriam:
- Meditar.
- Tomar antidepressivos.
- Mexer no ambiente em que você vive.

Agora entendemos que o ambiente que nos cerca é muito importante. Mas porque na definição de felicidade está escrito que ela tem a ver com bom êxito ou contentamento? Se já aconteceu com você, e eu tenho certeza que sim, de continuar a fazer algo difícil, mas que lhe dá prazer, então você já entendeu do que se trata uma parte da felicidade.
É que a felicidade, por incrível que pareça, tem uma fórmula que pode ser usada em algumas situações:
Desafio - Significado - Reconhecimento
É isso mesmo que estão vendo, para ser feliz você precisa primeiramente ter um desafio. É nessa parte do desafio que aparece o Flow, significa estado ou fluxo. Ou seja, você faz algo tão intensamente que não se dá conta do esforço ou de quanto tempo levou para realizar a tarefa. Conseguimos achar um equilíbrio entre o esforço e o stress, mas seria essa uma definição de felicidade no trabalho?
Ainda não,  pois não basta ter um desafio se ele não tem significado algum para você. E não basta ter significado ou desafio se ninguém te dá o devido reconhecimento.
É isso mesmo que você está lendo, ser feliz NÃO é tão simples assim e comprova que a felicidade não depende só da gente, mas algumas vezes depende também das circunstâncias.

E por causa dessa fórmula entramos em outro campo da felicidade: o trabalho.
No Brasil são perdidos 42 bilhões de dólares por ano por baixa motivação no trabalho. As pessoas demonstram como principal entrave para a felicidade a falta de significado que o trabalho tem para elas e os executivos são os mais insatisfeitos, mas tudo isso muda quando a forma de trabalho é modificada. 

Pensando nisso, as empresas inteligentes fizeram emergir o capitalismo consciente, em que a empresa precisa ter um propósito a mais para oferecer a todos.
Esse tipo de empresa não vai sentir apenas a melhora na sua equipe, elas promovem um motivo a mais para o trabalho realizado, que vai tornar possível para as pessoas ter um significado e fazer algo pelo mundo ou ao seu redor. 

E os consumidores e clientes se importam, porque são essas empresas que tem a valorização de suas ações, gastam menos em ações trabalhistas e em propagandas. Parece que o boca a boca e uma boa imagem perante o público funciona melhor do que gastar milhões em propagandas no horário nobre. 

É exatamente por isso que diversas empresas entraram para a "onda sustentável", não deixa de ser lucrativo. E é óbvio que muitas usam disso apenas pela aparência, não podemos ser nada ingênuos ao ignorar que a maioria não faz metade do que dizem.
Mas o importante dessa história toda é que o público está exigente, não queremos apenas que nós sejamos felizes, mas que os outros também sejam. Estaríamos vivendo uma revolução do pensamento? E será que essa não é mais uma das maneiras, que até agora ignorávamos, de alcançar a felicidade?


Informações retiradas do livro: Felicidade S.A., de Alexandre Teixeira.

12 de agosto de 2013

Do Alto do Poste: Sensacionalismo?

Por: André Cáceres



Após alguns posts mais lights - ou nem tanto, já que um deles engorda - vamos abordar um assunto um pouco mais, digamos, polêmico. Do alto do poste, a coruja vem observando algumas questões que acontecem no mundo e traz uma visão crítica aos leitores. Vocês já perceberam como a mídia sempre encontra um bode expiatório quando alguma tragédia acontece? Nos últimos dias, um caso terrível aconteceu na Zona Norte de São Paulo e é muito interessante notar como ele vem sendo tratado nos meios de comunicação.

No dia 5 de agosto, a manchete era a seguinte: Cinco são achados mortos em casa de PMs. Já no dia seguinte, as investigações ainda estavam em andamento e a imprensa já havia praticamente condenado o garoto, mesmo que sem nenhuma prova concreta e com várias informações contraditórias. Ainda nesse dia, já haviam baseado as teorias em torno de um simples jogo de videogame, como se jogar isso pudesse transformar alguém em um assassino.

Não é a primeira vez que isso acontece. Há alguns anos, o caso "Escola Base" abalou a imprensa brasileira, e hoje em dia, com o advento da internet e com o crescimento vertiginoso da velocidade de troca de informação, esse tipo de equívoco está se tornando cada vez mais frequente. Também não é a primeira vez que os videogames são usados como desculpa para acusar um assassino. Toda vez que acontece alguma tragédia e o culpado é um "gamer", esse hobby é citado como uma das causas dos transtornos da pessoa. Essa relação nunca foi provada, muito pelo contrário, mas a mídia insiste em ligar jogos violentos ao comportamento violento das pessoas. No entanto, o impacto de livros como 50 Tons de Cinza, filmes como Jogos Mortais e até mesmo algumas novelas que exibem várias cenas violentas e impróprias nunca são relacionadas a esse tipo de problema.

Segundo dados do governo americano, a taxa de crimes violentos cometidos por jovens na faixa etária entre 14 e 17 anos diminuiu bruscamente na mesma época em que a Sony lançou seu primeiro videogame e vem caindo regularmente desde então. Ou seja, a "geração Playstation" conseguiu os menores índices de criminalidade em todos os tempos.

Seja por desinformação, interesse ou sensacionalismo, esse tipo de matéria sempre é publicada, gerando controvérsias entre as pessoas que têm os videogames como hobby - e este que vos escreve se inclui nesse grupo. Essa é uma discussão muito interessante, e com certeza a Coruja no Poste vai voltar a abordá-la em outras ocasiões. E o que vocês acham disso?

5 de agosto de 2013

Alô Alô Alô, o blog A Coruja no Poste chegou!

Postagem feita por: Bruna Figueiredo
São Paulo, 21:17

A equipe Flan composta por mim, Bruna Figueiredo, por Ana Ferraz, André Cáceres, Letícia Gerola e Stephanie Vaspsys, resolveu fazer o seu mais novo entretenimento entre os blogs da web. 
Agora, se você que ler mais sobre as apresentações de cada um da nossa equipe ou sobre a Flan, basta clicar nos links acima. E para não alongar muito as apresentações, vamos falar da cobertura da Coruja no Poste, no seu primeiro evento, que ocorreu no dia 5 de julho: A reunião das Panificadoras.
Como a integrante da equipe recebeu o convite, ela resolveu ver o que poderia ter nessa festa e entre o goleiro do Corinthians, Cássio Ramos; o jornalista da Band, Luciano Faccioli; e a dupla sertaneja, César Menotti e Fabiano, a equipe optou por falar com estes últimos, porém não sem empecilhos.
Certa de que a integrante da equipe não poderia invadir o camarim da dupla, e através de seus contatos, a jornalista Bruna Meneguetti subiu no palco principal e ficou na coxia esperando para falar com o Faccioli. Ao perceber uma movimentação grande em direção à parte interior ela decidiu invadir ver o que estava acontecendo, a esse momento a jornalista só portava papel e caneta, pois já havia tirado a foto com o Faccioli, e se deparou com a fila para o camarim. Por que não?
Pensou em voltar para pegar a câmera, mas o segurança determinou que ninguém mais entraria na fila. Sem pulseira de identificação Bruna entrou mesmo assim no camarim, foi tirada uma foto e pedido um autógrafo, a dupla então assinou: 

“Blog Flan, tudo de bom pra vocês! César Menotti e Fabiano”. 


A foto sumiu juntamente com o fotógrafo, que não responde a equipe. Agora, se os flãns acharem que A Coruja no Poste, com uma grande dose de criatividade, quer dar uma de David Nasser... Bem, isso vocês poderão descobrir ou não nos próximos posts.




      Enviada da Equipe Flan com Faccioli, repórter da Band 








Com Cássio, goleiro do Corinthians

César Menotti e Fabiano se apresentam após darem autógrafos




É ou não é para começar com o pé direito? Isso vocês nos dirão. Acompanhe a equipe Flan e os nossos posts no A Coruja no Poste e descubra porque a Flan abalou até mesmo Chateaubriand, um dos mais famosos donos de jornais de todos os tempos.

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