29 de março de 2015

O teocídio



Eu cometi um teocídio. Não adianta me denunciar, o crime já prescreveu. Matar um deus sem posse de arma de fogo mediante pensamento racional e senso crítico pode não ser dos crimes mais hediondos, mas é dos mais comuns desde os tempos de Nietzsche. Não pergunte, eu não me lembro como foi. O matei aos poucos, como uma criança que esquarteja o amigo imaginário ou o Papai Noel, membro após membro. A propósito, vamos por partes.

16 de março de 2015

Por que temos medo do escuro? - Um cenário das manisfestações

Por: André Cáceres e Bruna Meneguetti


Impeachment e corrupção foram as principais pautas na manifestação do dia 15, este domingo. Pensar em seus múltiplos aspectos podem levar a entender porque muitos a apoiam e porque muitos são contra. Da parte daqueles que não estão ao lado desses movimentos, acredita-se que há certo medo do escuro, apesar de não vivermos em claridade plena e nem termos total escuridão hoje em dia. Isso é uma referência à ditadura, claro. Porque no escuro dela, pessoas que expunham qualquer opinião eram simplesmente massacradas e muitas vezes mortas. No escuro, sempre aconteceu muito mais do que no breu, penumbra ou luz focal de uma lanterna segurada por quem controlava e ainda controla, por vezes, as opiniões.

15 de março de 2015

Pílulas pra Alma #5 - Para criticar a política

Somos a revolução
Queremos o petróleo e o carvão
Somos o futuro
Desmatem tudo, jogamos duro 

Somos o governo
Guarde suas alternativas
Não importam as coisas vivas
Propostas boas ficam no caderno

2 de março de 2015

Carta endereçada a minha querida Spes

Olá, Spes.

Percebi, ao acordar, que você estava usando um vestido branco e dourado ontem a noite. Aonde foi tão bela? Bem, se todos soubessem o quanto um vestido causaria. Mas você, obviamente, não sabia. Você apenas o colocou. Eu sabia do que ele seria capaz. Em mim, claro.
E eu fico aqui pensando, - parado e sentado nessa poltrona, enquanto vejo um belo programa de TV - que o mundo, de repente poderia acordar de outra cor também. Você diz para mim que, na foto, está em preto e azul. Percebo que chegamos a discutir. Spes, isso não se trata de um vestido.

Como quando eu fui até a padaria e vi uma notícia sobre mulheres que estavam sendo ameaçadas por falarem as suas ideias feministas para o público da internet. Você pode ver, Spes, que não é o vestido. O buraco é muito maior e a genética deve ter alterado muito mais do que as percepções de cores no olhar humano.

O lápis com problemas de existência


Às vezes eu tenho que lembrar de que não sou um robô. Na verdade, isso é bem frequente. Então, eu cerro os meus olhos, me centro em mim e digo em voz alta (para que entre mais facilmente em minha mente): "Vá com calma, você é só um lápis. Repita comigo: Você não é um robô".

E fico nesse exercício até soar verídico.

1 de março de 2015

Coruja Cult #2: Whiplash



O caminho para o sucesso na vida é bastante árduo. Em todos os sentidos. Como já dizia o ditado: o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Tendo isso em mente, o filme Whiplash, um dos melhores filmes do ano de 2014, indicado a 5 Oscars (incluindo o de melhor filme, vencendo o de melhor mixagem de som) mostra uma curta trajetória na vida do jovem baterista de 19 anos, Andrew Neiman (Miles Teller), Obcecado por jazz, sonha um dia estar entre os melhores bateristas do mundo, assim como seu maior ídolo, Buddy Rich, eleito em 2014 o maior baterista da história.

Sua vida é o jazz. Tido por muitos como o estilo de música mais difícil de ser tocado,  exige muita dedicação, e empenho. Na sua escola de música, o fictício Conservatório Schaffer de Nova Iorque, Andrew se esforça o bastante para conseguir entrar na Studio Band, a big band oficial do Conservatório que faz apresentações pelo país. A partir desse momento, porém, enfrenta uma grande barreira: conseguir se superar de uma maneira extraordinária para poder conseguir se manter onde chegou.

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