14 de outubro de 2014
Poema #2: A cópia do melhor poema do mundo
O melhor poema do mundo
Sempre aparece no meu coração
Arranca sorrisos em um segundo
E escorrega pela palma da minha mão
Vem com seu olhar aventureiro
Um tiro perfeito de um arqueiro
Tão forte em mim como um leão
E as palavras se encaixam em tom certeiro
Repare agora não
Aqui vou eu com a cópia ao fundo
Ladrando tal qual cão na reprodução
Do melhor poema do mundo
Estende ao céu essa opção,
Na noite que perfuma ao som do violão
Há vontades que levam às luzes de Paris
E você, diga lá o que sempre quis
Enquanto eu vou cantando
Na rua que corre em meandro
Ele é como o tempo, passa malandro
São como os versos, vão se emendando
O melhor poema do mundo é o que não se diz
Não cabe respostas na ponta do nariz
Quando ela se perde no céu dos teus quadris
Contornando sua loucura com um olhar de giz
Falar do infinito, eu sei, é tanto e quanto grande
Mas acaba sempre sendo maior e ainda
É como a sensação da tua vinda
Que tanto assim e igual se expande
Por isso, eu danço nas vielas de tua matriz
Buscando as palavras certas como uma aprendiz
Desejando a saudade de viver o que ainda não condiz
Despejando a poesia do peito nesse chafariz
Por que quando você me toca com braços de rio
Eu desaguo no mar de mil noites vestidas de anil
Mas por não saber reproduzir nem um fio
É que esta é só a cópia do melhor poema do mundo
O blog "A Coruja no Poste" e sua equipe Flan, foram inspirados na revista Flan de Samuel Wainer, lançada em abril de 1953. Flan, além de ser um doce delicioso, vem do verbo flanar ou "ir por ai". Que é exatamente o objetivo do blog, flanando através de vários conteúdos e atualidades.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário